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   Efeitos da poluição urbana

Por Jacqueline Ariele Schraier e Mônica Beatriz Kolicheski

Atualizado em:18/04/2023

A poluição atmosférica é definida como qualquer forma de matéria em quantidade, concentração, tempo ou outras características, que tornem ou possam tornar o ar impróprio ou nocivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade ou às atividades normais da comunidade. 

 

Em geral, os efeitos da poluição atmosférica são menos visíveis comparados a outros tipos de poluição ambiental, em que os fatores de risco são mais facilmente identificados. Porém, uma série de estudos técnico-científicos tem demonstrado que a má qualidade do ar pode afetar a saúde da população de diversas maneiras e ter efeitos em longo e em curto prazo. Ainda, dados epidemiológicos mostram uma forte ligação entre a exposição à poluição do ar e a ocorrência de doenças cardiovasculares, como derrame e doenças isquêmicas do coração, doenças respiratórias e câncer. 

 

A poluição do ar afeta diferentes grupos de pessoas de maneiras diferentes. Em geral, os efeitos na saúde são mais graves em pessoas mais vulneráveis, como idosos, crianças, pessoas com outras doenças pré-existentes, famílias de baixa renda e/ou com acesso limitado a cuidados de saúde. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que anualmente cerca de 7 milhões de pessoas morrem em decorrência da poluição do ar, sendo que 90% destas mortes ocorrem em países de baixa e média renda

 

Ainda, cabe destacar que este tipo de poluição não acarreta prejuízos apenas à saúde e qualidade de vida da população, mas também aos cofres públicos em decorrência do aumento do número de atendimentos hospitalares, internamentos e utilização de medicamentos. Segundo dados do Ministério da Saúde, somente em 2018 foram gastos R$ 1,3 bilhão no Brasil com internações devido a problemas respiratórios.  Logo, torna-se essencial a adoção de políticas e medidas por parte do governo, indústrias e população, que visem à melhoria na qualidade do ar, com base no controle, monitoramento e redução da emissão dos poluentes atmosféricos.

 

Neste contexto, no projeto O ar que Respiramos foi realizada a análise do efeito da concentração de material particulado (MP) na saúde da população no município de Curitiba. Para tanto foi utilizado o software AirQ+ da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de dados oficiais de saúde e da qualidade do ar de Curitiba (2016 a 2108) e assim foi possível relacionar aspectos de saúde com a poluição do ar. Dentre os resultados obtidos o estudo mostrou que 30 mortes por câncer de brônquios e de pulmão poderiam ter sido evitadas para a população com mais de 30 anos se as recomendações da OMS tivessem sido atendidas - este número corresponde a uma redução de aproximadamente 10% no número total de mortes por câncer de brônquios e pulmão que ocorreram em 2018.

 

Este estudo sugeriu a elaboração de um inventário de emissões atmosféricas atualizado para o Estado do Paraná, para a correta gestão da qualidade do ar, corroborando para a definição da rede de monitoramento de qualidade do ar do Estado, assim como para a tomada de ações efetivas de minimização e prevenção da poluição do ar. 

Desta forma a equipe do projeto O Ar que Respiramos auxiliou o IAT na elaboração do Inventário de emissões de fontes móveis do estado do Paraná para o ano  que permitiu a atualização do Plano de Controle de Poluição Veicular de 2022.

 

Pesquisadores:

Profa. Dra. Mônica Beatriz Kolicheski

Jacqueline Ariele Schraier

Patrick Alves Bastos

Tábata Thaísa Gallo

Gabriela da Silveira Muller

Colaboradores do IAT:

Eduardo Neves da Silva

Breno de la Cruz Guerra

Reginaldo Joaquim de Souza

Colaboradores da UFPR:

Profa. Dra. Danniele Miranda Bacila

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