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Conhecimentos da população sobre qualidade do ar em Curitiba e Região Metropolitana – PR

  • Foto do escritor: Equipe o Ar que Respiramos
    Equipe o Ar que Respiramos
  • 21 de jun. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de abr. de 2023

- Por Maria Vitoria Mazi da Cunha

 

Ao fim do ano de 2021 os integrantes do projeto OAQR realizaram uma pesquisa de conhecimento da população sobre qualidade do ar, referente a pessoas de Curitiba e região metropolitana. Os resultados da pesquisa contaram com as respostas de 176 pessoas, sendo respondida majoritariamente por indivíduos da faixa etária de 19 a 35 anos, em sua maioria também habitantes de Curitiba.

A maioria das respostas foram de mulheres (50,6%), seguido de homens (46%), não binário (1,2%), neutro (0,6%) e os que preferiram não citar foram 1,7%. Destas pessoas, 72% dizem já ter ouvido falar sobre os padrões de qualidade do ar, o que se trata de um número significativo mas não ideal. Mais da metade das respostas (63,1%) indicam que as pessoas perceberam sim uma mudança no clima durante os últimos 10 anos mas não acredita ou não entende como essas mudanças afetaram o seu dia a dia.

Quanto ao aquecimento global 83% das respostas indicam que se trata de um processo natural que pode ser agravado pela interferência humana, um número positivo, ainda que 15,3% responderam que se trata de um processo causado apenas pela ação humana e 1,7% responderam que se trata apenas de um processo natural. O número de pessoas que respondeu já ter tido ou conhecer alguém que teve um problema de saúde decorrente da falta de qualidade do ar surpreende em diferentes aspectos, pois a pesquisa indica que 61,9% dizem que sim, o que preocupa no sentido de que as pessoas têm apresentado mais patologias relacionadas a qualidade do ar, enquanto 26,1% responderam que não, o que num bom aspecto demonstra que o conhecimento das pessoas sobre esse tipo de patologia aumento. Apenas 11,9% indica não saber quais doenças podem ser causadas pela falta de qualidade do ar. No geral, isso nos indica que 88% das pessoas que responderam a pesquisa tem um conhecimento mesmo que breve sobre quais são essas doenças.

Outro dado que carrega boas notícias é que 95,5% das pessoas que responderam a pesquisa têm ciência dos riscos da chuva ácida na cadeia alimentar e que isso pode vir a afetar a saúde humana. Quanto às partículas aerossóis os resultados também são satisfatórios, pois 80,1% das respostas indicam já ter ouvido falar nos mesmos, principalmente na mídia (39,2%), seguido por aulas e palestras (30,7%), e pesquisa própria (10,2%). A pesquisa nos trouxe também dados questionáveis e alarmantes, sendo esses: 47% das pessoas desconhecem o termo smog fotoquímico e as que indicavam conhecer, o fizeram a partir de aulas e palestras (23,3%), midia (22,2%), e pesquisa própria (6,8%). Mas o que mais chama atenção de forma negativa é a questão número 11, que diz “no seu bairro já houve alguma forma de mobilização para o conhecimento da população sobre qualidade do ar?”. Todas as respostas foram não (75,6%) ou não sei (24,4%).

A pesquisa foi finalizada com a seguinte pergunta: “você acredita que pode haver algum problema com o ar onde você vive?", para a qual as respostas se dividiram entre pessoas que acreditam que podem haver problemas sem alta gravidade (45,5%), que acreditam que podem haver problemas graves (42,6%) e as que acreditam que o ar seja adequado (11,9%), o que indica que os problemas com o ar estão cada vez mais perceptíveis, mesmo não tendo alta gravidade, gerando também um número satisfatório em relação ao conhecimento do público mas preocupante em relação à qualidade do ar.


Com os resultados obtidos na pesquisa foi possível observar que, de forma positiva, o conhecimento da população sobre qualidade do ar mostra números crescentes, e que na maioria das vezes esse conhecimento vem através da mídia, ou aulas e palestras. Contudo, se tratando de uma pesquisa pequena e que atingiu principalmente o público universitário, é preciso considerar que estes resultados positivos provavelmente não refletem a realidade da população como um todo. Isso pode ser deduzido pelo fato de existir pouca mobilização em bairros, que é uma maneira eficaz de informar e conscientizar a população que não acessa bancos de dados, aulas e mídias com tanta frequência. Logo, conclui-se que mesmo com uma crescente no entendimento desses assuntos, ainda há melhorias a serem feitas, tanto em relação à mobilização, quanto ao aprofundamento desses assuntos de forma didática para a população.




 
 
 

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