ELIMINAR A POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA É PRIORIDADE PARA AS CIDADES EUROPEIAS
- Equipe o Ar que Respiramos
- 28 de set. de 2020
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De acordo com a matéria ''Eliminar a poluição atmosférica é prioridade para as cidades eudopeias'', a crescente preocupação com a saúde pública tem levado grandes cidades a esforçarem-se a limpar o ar ambiente. Devido a pandemia causada pelo novo coronavírus, inúmeras cidades precisaram entrar em confinamento e reduzir ao mínimo os afazeres humanos e econômicos, o que levou a algo que ninguém esperava: cidades com melhor qualidade.
Em 2020 os satélites confirmaram a redução dos poluentes atmosféricos, enquanto fotografavam os céus mais limpos em várias regiões do mundo. Em março de 2020, a região de Lombardia registrou uma redução de 38% nos níveis de óxido nitroso, 14% nas partículas e 33% no benzeno, em comparação com o mesmo período entre 2016 e 2019, segundo dados da agência ambiental. Outras grandes cidades europeias também registraram um ar mais limpo durante a pandemia, porém a poluição atmosférica está aumentando novamente com o retorno das atividades.
Segundo o Dr. Vincent-Henri Peuch, diretor do Serviço de Monitorização Atmosférica Copernicus (CAMS), a qualidade do ar melhorou significativamente em comparação com a década de 1970. Contudo, a poluição atmosférica continua a ser o maior risco ambiental da Europa. Cerca de 40 milhões de pessoas, nas 115 maiores cidades da EU, respiram o ar contendo pelo menos um poluente acima dos valores-limite definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Conviver com a poluição atmosférica foi associado a uma série de doenças, desde a asma e outros problemas respiratórios crônicos aos acidentes vasculares cerebrais e a diversas formas de cancro. Na imagem abaixo é possível verificar que as PM2.5 aumentam o risco de determinadas doenças, como a diabetes.

Fonte: Centro de Investigação em Energia e Ar Limpo - As PM2,5 aumentam o risco de determinadas doenças.
Com vários os estudos realizados a União Europeia criou O Pacto Ecológico Europeu, definindo novas prioridades para as cidades no contexto na da ambição de poluição zero. Levar as cidades a monitorar a qualidade do ar pode também promover a atenuação da poluição. Tyler Knowlton afirma que, segundo um estudo do King’s College de Londres, com dados de boa qualidade é possível reduzir 50% a exposição à poluição atmosférica com pequenas alterações nas rotinas diárias.
Vários outros projetos tem sido criados nos países da UE, com o objetivo de medir a poluição do ar e divulgar de forma prática, para que todos os cidadãos possam começar a mudar seus hábitos para melhorar a qualidade do ar. Além desses projetos, as cidades europeias também tem promovido o uso de transportes mais limpos e imposição de taxas para congestionamentos, com o objetivo de dispor de opções mais fáceis para melhorar a qualidade do ar.
Agora também tem surgido materiais de construção inovadores que também prometem reduzir os contaminantes. Segundo os especialistas do projeto LIGHT2CAT, a introdução de dióxido de titânio no betão torna os edifícios e as outras estruturas sensíveis à luz; uma vez que absorve a radiação solar, o titânio ativa reações químicas que neutralizam partículas nocivas no ar circundante.
Uma vez que melhorar a qualidade do ar resulta em melhorias da saúde, a redução da poluição do ar no exterior pode ir também de mãos dadas com a redução de CO2 e dos poluentes climáticos de curto tempo, como negro fumo e metano, contribuindo para a atenuação de curto e longo prazo das alterações climáticas.
Segundo o Dr. Peuch, é possível combater em simultâneo a poluição atmosférica e as emissões de gases com efeito estufa. É uma situação em que todos ganham, com efeitos imediatos na saúde humana.
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